Cultivar nas zonas baixas pode ser solução para a boa produção agrícola, como forma de aproveitar a humidade residual e privilegiar o uso de sementes de ciclo curto, perante um prognóstico de baixos níveis de precipitação na época chuvosa para a zona sul do país, sobretudo no período de Janeiro a Março.
O sector da Agricultura e Segurança Alimentar perspectiva uma boa campanha agrícola nas regiões centro e norte do país, onde se prevê chuva em quantidades que poderão satisfazer as culturas durante o período.
Segundo Hiten Jantilal, da Direcção Nacional da Agricultura e Silvicultura (DNAS), o sector vai monitorar a evolução da campanha agrária, tendo sido desenhado um plano de intervenção para a segunda época agrícola.
“Esperamos que a zona sul tenha, nos primeiros três meses, uma precipitação moderada. A grande preocupação é que esta região vem de um cenário de seca na campanha anterior e esta previsão não é das melhores”, disse Jantilal.
Para fazer face ao cenário de baixo índice de satisfação hídrica na região sul, perspetivam-se sementeiras antecipadas com uso de sementes de curta duração, além do aproveitamento de culturas como milho, feijão vulgar, feijão-nhemba, amendoim, batata-doce e mandioca.
Se, por um lado, há preocupação com a fraca precipitação, por outro, há o risco de inundações nas zonas centro e norte, o que obriga o pelouro a desenhar um plano de intervenção para evitar a perda de culturas, como aconteceu na época passada.
Refira-se que o prognóstico da época chuvosa que se avizinha perspectiva o alcance do nível pleno de armazenamento nas barragens de Cahora Bassa, Muda, Nampula, Nacala e Chipembe.