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“Somos reféns da EDM”– Moradores de Magoanine "A"

Os moradores do bairro de Magoanine “A”, nos arredores da cidade de Maputo, passam noites às escuras quase todos os dias, das 17 às 6h do dia seguinte, segundo informações fornecidas por alguns entrevistados daquele bairro. “Nós somos reféns da Electricidade de Moçambique (EDM)”, disse Hermínia Machava comerciante e residente daquele bairro.

Trata-se das frequentes interrupções de corrente eléctrica que se verificam no bairro Magoanine. Os moradores locais sentem se reféns da maior empresa pública de fornecimento da corrente eléctrica.

Para Machava, a problemática da corrente eléctrica inicia há duas semanas e está sendo um calcanhar de Aquiles para o seu negócio.

“É difícil trabalhar sem corrente eléctrica, principalmente para o nosso trabalho que depende da energia para gelar a cerveja. Os meus clientes ao chegar na barraca desconfiam da cerveja se está gelada, devido a frequentes interrupções da corrente eléctrica. O pior de tudo é que isso só acontece apenas na nossa linha. É caricato assistir o vizinho a trabalharem”, reiterou.

Jaime Mazive, um dos afectados pelas cortes, disse não ter em mente o valor das perdas provocadas pela problemática da corrente eléctrica no seu estabelecimento.

“Das 17 às 6h, para quem vive com base da energia eléctrica, é uma lastimas. O pior de tudo é que isso acontece todos os dias já há duas semanas. Não consigo avaliar o valor dos produtos deteriorados por conta das frequentes cortes da corrente eléctrica. Somos obrigados a conviver com a tamanha brutalidade desta empresa. Somos reféns da EDM”. Disse.

Carlos Mazive, o barbeiro que também é uma das pessoas afectadas, sente se comprometido com a receita deste mês. Segundo sua palavras, “não sei se consigo pagar a renda neste mês. Pois, fecho a loja todos os dias as 17 horas, a hora do pico de do meu trabalho”.

A fonte disse ainda que no caso de corte de energia enquanto estiver a cortar o cabelo de um cliente tem se sorrido na barbearia ao lado do seu amigo, onde os cortes são raros na linha da sua baixada. “O mais agravante é o facto de acontecer sempre na hora da ponta, momento em que temos muitos clientes”, sublinhou mostrando-se revoltado com a situação.

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