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Fraca gestão de Lixo: um problema com barba branca na Matola

A fraca gestão de lixo pelo Conselho Municipal da Cidade da Matola (CMCM) aflige comerciantes do mercado Khongolote, no Posto Administrativo do Infulene (PAI), província de Maputo.

Os vendedores do terminal de chapas do Mercado de Khongolote estão irritados com o CMCM, devido a fraca gestão e ausência de Aterro Sanitário para deposição de lixo, nos arredores do PAI.

Lerma Novela, agente MPESA naquele mercado, diz que o Conselho Municipal (CM) é responsável pelo fecalíssimo a céu aberto no local.

A cobrança diário de imposto (bilhete) aos comerciantes do Mercado Khongolote é outro fenómeno que inquieta os vendedores que questionam a finalidade do valor cobrado.

“O conselho municipal não está a disponibilizar um espaço onde os munícipes possam depositar os resíduos sólidos, mas diariamente pagamos a Taxa de lixo. Afinal, onde vai o valor cobrado?”, questionou.

Regina António Huvo – que presta serviços de catering no mesmo Mercado, perto da “lixeira”, lamenta o facto de as autoridades se preocuparem mais em cobranças de impostos e não à resolução de problemas que infernam os utentes daquele espaço comercial.

“Todos os dias veem cobrar o valor de bilhete aqui. Passam por cima deste lixo, mas não conseguem impedir a contínua deposição do mesmo neste lugar”, lamentou.

Huvo disse ainda que se puderam encerrar as lixeiras inadequadas do Cemitério de Khongolote e da Cadeia Feminina, significa que têm autoridade para impedir a colocação de lixo em qualquer espaço não autorizado, principalmente onde há maior circulação de pessoas.

Para Marta Muianga, vendedora de frutas no mesmo local, a fraca prestação de serviços sanitários tem promovido a criação de locais impróprios de deposição de lixo nas ruas e esquinas do PAI.

“Quando encerraram as lixeiras não autorizadas do Cemitério de Khongolote e Cadeia Feminina, deveriam ter disponibilizado outros lugares de substituição. Por isso, os munícipes perambulam de um canto para o outro com o lixo na mão à procura de espaço para depositar”, revelou.

Lixo na rua de Khongolote aguarda pelo Conselho Municipal para remoção

Os lugares inadequados de depósito de lixo são causados pela má gestão dos resíduos sólidos por parte dos serviços de saneamento do Conselho Municipal.  

Segundo Marta Muianga, “a falha no cumprimento dos dias marcados para a recolha do lixo (terças e quintas-feiras) propicia imundice nos bairros”.

Muianga, destaca a necessidade de a edilidade criar condições para reduzir o risco contra a saúde dos munícipes. Pois, segundo ela, “a má gestão de lixo é o maior atentado á saúde Pública”.

A fonte, apelou ainda uma rápida intervenção na resolução daquele problema, visto que os utentes do mercado e do terminal de chapas usam-no para praticar fecalíssimo ao céu aberto.

“É responsabilidade do CM a gestão e disponibilização do espaços para depósito do lixo. A lixeira permitiria a gestão eficaz dos resíduos sólidos e resolveria o problema de imundice nos bairros”, disse.

Para Virgínia Vilanculos, Comissão do Mercado, devido à ausência de aterro sanitário no PAI, os moradores do bairro da Zona Verde, Primeiro do Maio e Ndlavela, recorrem ao local para depositar o lixo.

Outro montante de lixo à espera da remoção no Posto Administrativo de Infulene – bairro da Zona verde

“Esta questão faz com que, depois da limpeza, o espaço volte a apilhar-se de sujidade rapidamente. Pois, há muita gente que recorre ao local para depositar o lixo”, acrescentou.

A comissão relata que já passam mais de seis meses que os  contentores que haviam sido colocados perto do mercado para deposição do lixo foram removidos.

“Removeram contentores que haviam colocado perto do mercado para depositarmos o lixo, devido à má gestão que causa imundice até os residentes locais exigirem a sua remoção”, lamentou.

Segundo Vilanculos, os moradores, revoltados com a situação, não aceitam mais que o CM coloque reservatórios de lixo perto das residências, visto que a demora da sua remoção causa imundice que atenta contra a sua saúde.

Em diferentes bairros do Município da Matola são notáveis entulhos de sacos de lixo nas bermas da estrada à espera do CM para a sua remoção, principalmente na Av. 4 de Outubro.

Para ela, a falha no cumprimento dos dias marcados para a retirada do lixo causa acumulação de grandes quantidades de resíduos sólidos, o principal problema que cria lixeiras inadequadas nos bairros.

“Isso tem acontecido igualmente nos pequenos mercados locais. O lixo é acumulado, por vezes na entrada do próprio mercado ou na rua próxima, a falta da sua remoção é suficiente para no dia seguinte ser considerado uma lixeira, pois o bairro todo recorre ao lugar para depositar o lixo caseiro”, concluiu.

Sem sucesso procuramos conversar com a Vereadora do Saneamento do Meio do CMCM que, até ao final do fecho desta edição, aguardávamos pela confirmação marcada já há mais de três meses.

Montante de lixo na Av. 4 de outubro – Bairro t3

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