A falta de uma casa de matança, nas cidades de Maputo e Matola, está a condicionar a venda de carne de coelho na província de Maputo.
A escassez da carne de coelho no mercado é propiciada pela inexistência de um matadouro dedicado ao abate de animais de pequena espécie, conforme alguns munícipes confidenciaram a nossa equipa de reportagem.
“Moçambique precisa da casa de matança para abate de pequenos animais como cabritos, porcos, coelhos, galinhas, entre outros”, explicou Manuel Germano Manhiça, criador de coelhos, na província de Maputo.
Para esse criador, a casa de matança é a solução exacta para resolver o problema de certificação do produto visto que, depois do abate, o matadouro oferece ao criador um documento que comprova o cumprimento das regras de abate do animal, o mesmo exigido pelos revendedores.
Além disso, a embalagem da carne é outra exigência feita pelo revendedor, na medida em que o rótulo do produto vai justificar o cumprimento das regras higiénicas de abate do animal.
“As maiores lojas revendedoras de carne de coelho – supermercados e shoprites da província e cidade de Maputo – exigem o comprovativo de abate do animal numa casa de matança. A ausência deste documento condiciona a venda da carne de coelho produzido e abatido localmente no mercado nacional” afirmou a nossa fonte.
Manhiça reitera a necessidade de implantação de uma casa de abate dessa espécie de animais para reduzir o nível de importação da carne de coelho ao país.
“Não há mercado para venda de carne de coelhos criados e abatidos localmente. A situação é propiciada pela ausência da casa de matança. Por isso, os fornecedores deste produto vendem carne importada”, afirmou.
Questionado sobre o que deve ser feito para colmatar esse problema, Manhiça disse ter já falado com as entidades competentes sobre o assunto, como o responsável pela Direcção Provincial de Agricultura da província de Maputo e, neste momento, aguarda pela resposta.