Depois da inauguração da Ponte Maputo/KaTembe, as expectativas sobre o desenvolvimento do distrito foram maiores, mas o elevado custo da viagem boicotou o sonho de quem esperava ver o distrito a crescer.
Segundo António Felisberto, residente de Matutuine, o fraco progresso de KaTembe é propiciado pelo elevado custo do pagamento da portagem.
Para ele, os investidores temem empreender no distrito devido a este grande impasse que, aos olhos de quem vê, nada é, mas na pratica é maior obstáculo.
“Existe um medo de investir aqui, mesmo com todas oportunidades de negócio que o distrito oferece. Os investidores têm receio de empreender, devido ao elevado custo de passagem de Maputo para cá. Mas o distrito é potencial para investimentos”, disse.
Ainda no seu discurso, revelou que a construção da ponte, para os citadinos locais, viu-se como um balão de oxigénio, mas as taxas de portagem boicotaram todas as expectativas.
Para Francisco Buque, residente no mesmo distrito, além da prosperidade comercial, o aumento demográfico é também outro factor extraviado. Pois, muitas obras de construção de residências foram abandonadas ao meio e outras nem iniciaram.
“Grande parte de material que poderá ser usado nas obras é trazido da cidade de Maputo. Mas as taxas da portagem são elevadas e variam entre 160 e 1200 meticais para KaTembe e 100 a 750 meticais para Bellavista. Isso impede, de certa forma, a evolução do distrito”, reiterou.
A fonte disse ainda que em paralelo à construção da ponte houve até disputa de terra em diversos bairros de KaTembe, o que mostra claramente que as expectativas eram maiores, mas todas foram enfraquecidas pelo elevado custo da viagem.
Já o administrador, Artur Muandula, apela aos possíveis investidores a apostarem no investimento local e fazerem o uso e aproveitamento das oportunidades que o distrito oferece.