As cotas anuais pagas à Associação de Criadores e Agricultores da Zona Verde (ACRIVERDE) não beneficiam diretamente os associados, diz o presidente da agremiação Alexandre Ouana.
Em resposta das constatações prestadas pela Associação Sombra Das Enxadas, sobre o pagamento de contas sem retorno, Ouana, disse ao EntreCAMPOS, ontem, que 220 meticais (mt) anuais pagos por quinze associações à ACRIVERDE são para despesas internas e não beneficiam diretamente os associados.
Na edição anterior a esta, prometemos trazer resposta sobre as reclamações das associações que prestam contas à ACRIVERDE que, para Ouana, “o valor pago só serve para costear despesas internas da agremiação e não para ajudar os associados”.
“Primeiramente cobrávamos 100mt, por não ser suficiente aumentamos para 150mt, ainda por não conseguir cobrir as despesas devido ao elevado custo da vida acrescemos para 220mt, mas mesmo assim, continua não sendo suficiente para apoiar os associados”, explicou.
As reclamações dos associados fazem sentido na medida em que a gestão de riscos nas actividades agrícolas recai sobre o próprio agricultor.
“Se as quinze associações do distrito Kamubukwana pagam anualmente 220mt de cotas cada, o total do valor anual soma 2 640, 00mt, e uma lata de alface Eden de 100g custa 1800mt, de que forma poderá se ajudar estes membros”, questionou.
Criar uma Associação tem como objectivo reunir pessoas físicas ou jurídicas com objetivos comuns, visando superar dificuldades e gerar benefícios para os seus associados.
É neste sentido que a ACRIVERDE foi criado com objectivo de ser receptor de canalização de apoio governamental para um grupo de pessoas reunidos por mesmo interesse.
De acordo com o líder, desde que foi criada a associação com a recomendação do Governo para receber a ajuda e fazer chegar aos associados, nunca tiveram tal apoio. “Nunca tivemos apoio do Governo desde que criamos ACRIVERDE. Os problemas enfrentados pelos associados necessitam de um apoio externo, mas nós nunca tivemos”, concluiu.