O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) apresentou hoje, 14 de Outubro de 2022, soluções para o maneio da mosca da fruta no distrito de Boane, província de Maputo.
Na ocasião, foram divulgados diversas técnicas (convencionais e ecológicas) que visam potencializar a produção e dinamizar a exportação da fruta a nível internacional.
“A IIAM Em parceria com a Faculdade de Agronomia tem se empenhados na produção de soluções para mitigar os danos causados pela mosca da fruta, através de meios convencionais, ecológicos e caseiros de baixo custo”, disse o representante da Faculdade de Agronomia, Lucas Tivane.
Segundo Cecília Rute, chefe do programa das fruteiras da IIAM, a mosca da fruta tem criado quase 100% de danos na produção e consequentemente na comercialização da fruta.
“Este evento tem como objectivo divulgar soluções para o combate da mosca que tem sido o grande impasse para o livre comércio da fruta a nível mundial. A mosca, além de aumentar o custo de produção (através de uso de insecticidas), tem causado 100% de perdas na cadeia de valor da fruta”, salientou.
Ainda na sua intervenção, relevou que Moçambique tem um potencial agrogeológico e geográfica para a produção de frutas de qualidade para fornecer o mercado nacional e internacional. Mas, a existência da Mosca de fruta tem sido o grande impasse para materialização deste objectivo.
“O programa de fruteiras procura responder a problemática das pragas da fruta através da realização de estudos em toda a cadeia de valor produtiva”, disse Laura Canhanga da Faculdade de Agronomia e Engenharia florestal da faculdade Eduardo Mondlane.
São várias as formas que podem ser usadas para atenuar os efeitos da mosca da fruta. O uso do método convencional ou ecológico – que consiste em ter milho nas bordaduras das culturas servindo de barreiras para o maneio e controlo da masca são os meios mais utilizados para o efeito.
Importa referir que o evento contou com a presença de diversos intervenientes da cadeia produtiva da fruta: académicos, produtores, vendedores de insumos e empresas de agroprocessamento.