O Governo vai investir, nos próximos dois anos, 3 bilhões de meticais na investigação agrária em Moçambique, com vista a produzir soluções tecnológicas para erradicar a pobreza e impulsionar a produção e produtividade no sector agrícola.

Esta informação foi proferida pelo Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, na abertura da cerimónia do 1º Simpósio de Investigação Agrária que teve lugar no distrito Municipal KaTembe, na província de Maputo.

Na ocasião, Nyusi garantiu que Moçambique já tem tecnologia para a produção de trigo e, mais em diante, revelou que os resultados da pesquisa indicam um potencial de produção de 7 toneladas/ha, no Niassa e 4t/ha em outras regiões.

O PR disse ainda que a libertação das variedades e disseminação da tecnologia que passará pela multiplicação massiva de sementes e treinamento dos extensionista e produtores constitui uma das prioridades nos passos a seguir.

A libertação de variedades de sementes melhoradas e adaptadas às condições climáticas do país é mais uma das novidades reveladas na ocasião.

Nos últimos dois anos, embora tenha enfrentado varias dificuldades, a investigação agrária teve um aumento de 23,9 milhões de doses anuais de vacinas, o que permitiu que fosse vacinados mais de 80% de animais contra as principais doenças.

O Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Coreia, salientou, na mesma senda, que está em curso a produção da lei agrícola que passará a orientar os actores do sector.

Ainda no seu discurso, o dirigente disse que Moçambique não pode importar a lei agrícola para não forçar a mudança da população, tendo em conta as condições e as situações em que se encontram os que operam no sector.

“Estamos a trabalhar por forma a garantir que haja uma lei agrícola a nível nacional. Não podemos importar as leis sob o risco de forçar mudanças da população, pois, as transformações devem correr conforme as situações que se vive”, concluiu.